quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ballet Clássico – Dicas de como escolher a Sapatilha de Ponta

Algumas observações quanto a escolha da sapatilha:
Uma forma menor que o pé, muito dura, estreita demais, poderá comprimir estendendo-se pelo colo do pé, extensor comum dos dedos, tibial anterior, será grampear totalmente os dedos. Isto impossibilita o alongamento necessário à elevação e ao equilíbrio simétrico, pois a linha de eixo forma-se pela continuidade dos dedos ao colo do pé, perna, tronco e cabeça.
A aluna também poderá ceder o tornozelo, pelo descontrole provocado pela nevralgia no colo do pé, tentando diminuir ou mesmo amortizar a dor. Com isto deixará pender o arco de sustentação do pé, que mantém todos os dedos alongados e vivos sobre o chão, caindo para o dedão.
Este fato implica na perda da rotação aberta do quadril, sustentada atrasvés da musculatura interna da coxa.
É aconselhável que não se use a parte posterior da sapatilha baixa demais nem apertada demais, pois a pressão forte e insistente sobre o tendão de Aquiles poderá trazer inflamação. Na melhor das hipóteses causará uma dor incômoda, amortecendo o colo do pé e dificultando ainda o trabalho muscular dos grandes gêmeos, do longo flexor do dedo grande, tornando o trabalho de alongamento e elevação comprometidos. O pé também perderá sua mobilidade e o controle.
como-esolher-a-sapatilha-de-ponta

Ao se interromper o alongamento dos pés e conseqüentemente das pernas e do tronco, a aluna não estará mais elevada sobre elas. Isto por que todo peso estará sobre os quadris, provocando a flexão total ou parcial dos joelhos; e o resultado será o desenrolar de movimentos desarticulados, pesados, mecânicos, sem eixo, sem coordenação, desarmoniosos e prejudiciais à correta postura anatômica do corpo.
No trabalho de pontas o corpo precisa estar muito alongado, tendendo a sair do chão,pois a pequena área da extremidade dos dedos (a da sapatilha de ponta) em contato com o chão è muito menor do que a plataforma estabelecida pelos pés, na elevação sobre a meia ponta. Também os pontos de eixo e sustentação dos pés, elevando-se sobre a sapatilha de ponta, são extremamente solicitados. Assim, necessitam um posicionamento anatômico correto, um embassamento seguro e um alongamento muito mais eficaz, para que o peso diminua sensivelmente sobre a pequena extremidade, eliminando desta forma a sobre carga evitando o risco de acidentes prejudiciais à estrutura óssea dos pés e contribuindo para o desenvolvimento de um trabalho consciencioso, produtivo e saudável.
É através do alongamento desde a cabeça, tronco e pernas, que o peso será dividido e estabilizado equilibradamente, permitindo a elevação sobre a sapatilha de ponta.

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